Vulgaridade
PONTO DE VISTA SUPERTRAMP
* Assista ao filme "Na Natureza Selvagem" para entender o nome da coluna.
Vulgaridade
Desde que iniciamos este espaço já falamos sobre Amor Ágape, o amor incondicional, verdadeiro; e sobre Normose, a anomalia da normalidade, a mudança de normas como padrão de vida. Nesta edição estaremos falando sobre a Vulgaridade valorizada de forma inconsciente ou, raras vezes, como modo de vida.
Estamos notando pessoas contaminadas por atitudes, expressões, comportamentos vulgares, que servem apenas para desqualificá-las. Mas isto ocorre de forma inconsciente, pois o vulgar não tem a noção de ética e bom senso para discernir o certo do errado. Para o vulgar ele é a própria razão, muitas vezes chegando ao ponto de usar da força para se impor, seja a força financeira, a persuasão, a intimidação ou mesmo o grito e em casos extremos, até da força física. E muitas vezes a mentira é a única atitude de um vulgar.
Muitas pessoas se vulgarizam para não perder o grupo de "amigos", que quando encontra pessoas de fraca personalidade as influenciam em práticas vulgares. Muitas vezes o carente se deixa dominar com medo de ficar só e isolado. Os vulgares necessitam de pláteia para suas inconseqüências. O meio é responsável pelas atitudes do grupo e o ser vulgar acaba se aninhando entre seus pares.
O pensamento materialista de quem tem dinheiro tem o poder, assola boa parte da população. O pensamento da grande maioria que está ligado a valorização da matéria é vulgar, pois esquecem que na matéria o que soma e se multiplica, também se divide e subtraído. Com este tipo de pensamento muitos filhos acabam vendendo a própria mãe para ter vantagens... e a entregam! Para o vulgar as pessoas tem um preço, a começar por ele. Para o vulgar prepotente a vida é um super mercado onde as pessoas tem um preço e àquelas que não se vendem são tratadas como inimigos e o vulgar age na traição.
Para o vulgar as versões variam conforme os interesses e a verdade tem a duração da próxima mentira. O vulgar subestima a inteligência das pessoas. Passam a ter atitudes que apenas as desqualificam moralmente.
Na política a vulgaridade está na idéia daqueles que a usam para o enriquecimento ilícito. Muitas vezes é o roubo do dinheiro público que leva a morte de cidadãos que dependem deste dinheiro. O que seria investimento em obras sociais acaba sendo produto de roubo.
Na segurança pública vemos a vulgarização nos maus policiais que denigrem a imagem das corporações, com mentalidades da propina, da "cervejinha", do "cafezinho", que forma verdadeiras gangues com distintivos oficiais.
Nas religiões vemos a vulgaridade nas pessoas que se julgam superiores até mesmo a Deus, envoltos em uma falsa superioridade divina. Ao cristão está faltando o princípio do pensamento cristão: a humildade. Tentam dominar a vida das pessoas de forma insana controlando, fazendo regras e muitas vezes agindo com preconceito.
Há até casos de filhos em crises narcisistas, que controlam pais. Filhas com inveja da beleza e da felicidade das mães e fazem de tudo para que a mãe seja tão frustrada quanto ela.
A inveja neste caso entra como instrumento narcisista de disputa, competição, de ser o foco das atenções e das palmas. Filhas incapazes de se fazerem interessantes sem ter alguém que as façam felizes, optam por fazer daqueles que estão próximos também infelizes, experimentando o fel da vulgarização. Estas pessoas fazem de tudo para se afastar daqueles que não se curvam e nem aplaudem seus espetáculos.
Tudo no mundo hoje exige diálogo, mas para ele o diálogo não existe, ao menos que seja para a imposição. Ele quer ditar normas, as suas, não havendo tolerância para o pensamento contrário ao seu. O vulgar se esquece que é respeitando que se é respeitado.
A Vulgaridade e a Sensualidade andam paralelas.
Hoje em dia com o poder da comunicação de massa, e a falta de um padrão ético para divulgação dos milhares de formas de comportamentos adotados por pessoas em todo o mundo, mostra que o consumo e a qualidade dos produtos nem sempre é confiável. E se tratando de comportamento, coisas de baixíssima qualidade estão sendo consumidas vorazmente.
A moda que é vendida como padrão de comportamento vai do "boquinha na garrafa", às "mulheres frutas", fazendo o que poderia ser sensualidade parecer apenas vulgar. O biquinho e o dedo na boca, imortalizados por Brigite Bardot de forma inocente e sensual, foi vulgarizado e virou símbolo de oferecimento sexual. Pena que muitas mulheres optam por serem promíscuos como os machistas. Antes havia as "mulheres da vida" que vendiam o corpo, muitas vezes por necessidade. Hoje, muitas meninas de família, em nome da modernidade, tiram o ganha pão das prostitutas, por fazerem de graça o que se cobrava antes. Sem contar as que se tornam prostitutas realmente e custam caro a elite decadente que faz uso do sexo para mostrar o seu poder que é sustentado à Viagra. Ou seja, um falso poder.
Há dias assisti a uma entrevista da modelo e atriz global, na GNT, tv paga, aonde ela valorizava ser bancada pelo homem. Passou uma imagem vulgar, no sentido de ter alguém bancando. Quem banca está apostando e quem é bancada, neste caso, é uma aposta, um jogo de azar. Atitude digna de uma prostituta, pois sempre se ouve do machão: "Tenho que dar um presente pra minha piranha", a amante. As vulgares e vadias se vendem a troco de um mimo, se avaliando de forma fútil dentro de um jogo de azar. É assim que as mulheres sem pudor gostam de serem tratadas. Como putas, sendo bancadas por aqueles que gostam de imaginar que sejam poderosos, mas estão sendo usados pelas mais vulgares das mulheres, que vendem o corpo sem necessitar. O corpo é o nosso templo, e estas mulheres não valorizam seus templos. O depoimento de uma personalidade pública, a atriz e modelo, sobre um pensamento destes, apenas denigre a sua imagem como pessoa, pois ela deveria dar exemplo, como personalidade pública e independente, de que é possível viver com dignidade sem estar se vendendo, ou sendo usada.
Com a vulgaridade até os termos de tratamento pessoais, entre iguais mudaram de sentido. O que era educado, Cortez, romântico, respeitoso, ganha na conduta vulgar adjetivos pejorativos. Há pouco tempo presenciei uma cena constrangedora, aonde uma pessoa chamava a atenção da amiga, a chamando de "BISCATE". Cá entre nós, quem usa tal termo não deve ser boa bisca. As vezes, pessoas vulgares parecem ser a verdadeira personificação da vulgaridade.
Existem vários estados de vulgaridade. Uns mais, outros menos. E todas as pessoas, por mais educada e bem formada, esbarra na vulgaridade. Todos estamos propensos a sermos vulgares em algum momento. Existe sempre um momento em que qualquer pessoa se vulgariza. Agora mesmo eu posso estar sendo vulgar em querer levantar uma tese sobre o tema. Mas tudo bem, ninguém é perfeito.
Em busca de uma imagem que representasse a vulgaridade, encontrei esta gravura de Baco, que na mitologia romana é o deus do vinho, da festa, do prazer, da ebriedade, dos excessos, especialmente os
sexuais. As festas em sua homenagem eram chamadas bacanais. Esta imagem personifica o vulgar, que muitas vezes, anda sempre junto do ecesso etílico.

Comentários
Quero tbm reportar-me ao parágrafo do seu post que fala sobre cristãos, creio que muitos agem da maneira como descreveu, mas são a minoria, viu ?
Pelo menos na minha igreja(evangélica) ,cremos e seguimos a Bíblia, que é a nossa regra de fé e prática, mas tbm sei que toda regra há excessão, não é ? Há Cristãos e cristãos.
um abraço, Deus te abençoe.
Atiara
E quanto a ser chulo o vocabulário, eu não procuro palavras rebuscadas para deixar o texto acadêmico, pois estaria sendo vulgar com os meus leitores que são pessoas simples e entendem o simples.
E quanto a experiência, acho que escrevi por questão de ética quanto ao tema, e ética não é uma qualidade dos vulgares. Acho eu que no caso nem vem a experiência de vida, mas uma forma de enxergar a vida!
Obrigado pela opinião e continue acompanhando o blog e opinando, pois cada pessoa se faz importante toda vez que defenda seu PONTO DE VISTA!