A História de Cordeiro começa pelo Café






Cordeiro completa 66 anos de emancipação agora dia 31 de dezembro. Mas a história da cidade começou há muitos anos atrás. Os historiadores deveriam focar suas pesquisas para descobrir uma data que simbolize o inicio da colonização da cidade o que seria por volta de 1870. Mas aqui estamos dando uma amostragem do que foi o antes de iniciar a cidade.

A História de Cordeiro começa pelo Café
E começamos com a história do café que faz tempo está pautado para uma matéria do Ponto de Vista, mas para algo diferente, pois o café tem uma importância muito grande para a região. E como a informação e a história estão interligadas, temos um documentário, como diria o Dr. Darcy do Labcor, sobre o café. Focando desde a descoberta do fruto e o hábito de beber até a importância para o Brasil e a região, em especial para Cantagalo e Cordeiro que nasceu dos trilhos do trem que transportava o café. Sem falar que é bom para a saúde, pegando uma carona no Globo Repórter do dia oito de agosto último.

A origem e o hábito de beber café até chegar ao Brasil
A história mais conhecida para a descoberta do fruto do café é a do pastor de cabras chamado Kaldi, em Kaffas, na Absínia (atual Etiópia), há cerca de mil anos, notou modificações em seus animais após estes comerem frutos de um determinado arbusto, o café. As cabras ficavam mais vivas e dispostas e nas longas distâncias que percorriam pelas montanhas não ficavam cansadas. Após também comer alguns grãos de café, sentiu seu estado de espírito e disposição física também melhorarem. Comenta o fato com um monge que resolve experimentar o fruto e ao sentir os mesmos efeitos que o pastor, resolve fazer uma infusão com água quente e beber todas as noites em que tinha que ficar em vigília nos momentos de oração e leitura. A novidade se espalha pelos monastérios islâmicos, de onde se acredita que tenha partido o cultivo do café.
Café como bebida Em 570 o café é levado da Etiópia para o Iêmen e vem sendo cultivado da mesma forma até hoje. Foram os árabes quem desenvolveram o hábito de beber café. Mas a forma de beber café como ainda se bebe, surgiu no século XIV, quando os persas passam a torrar os grãos. Em 1615, a Europa descobre o produto e passa a consumi-lo em pequenas quantidades.
Os árabes, no controle do comércio, sempre tiveram cuidado para que sementes férteis nunca saíssem da região. Na segunda metade do século XVII, um peregrino indiano, chamado Baba Budan, consegue contrabandear algumas sementes para a Índia aonde foram plantadas. França e Holanda fizeram experiências com sementes destas plantações indianas, mas somente os holandeses obtiveram sucesso de imediato, produzindo sementes em estufas do jardim botânico de Amsterdã e depois as plantando na ilha de Java, sua colônia. Rapidamente a Europa adota o hábito de beber café.
Café a bebida do Iluminismo O nome café tem origem na palavra árabe qahwa, que significa vinho. Por esse motivo o café era conhecido pelo europeu como “vinho da Arábia”.
A França era o país mais populoso da Europa e a partir de 1660, aumenta suas importações de café da Holanda. Em 1714, Luiz XIV, da França, recebe de presente de seus parceiros comerciais holandeses, uma árvore de café, que foi de navio de Java à França, e plantada na
Estufa Real francesa. Em 1723, suas mudas foram transplantadas em colônias francesas das Américas Central e do Sul. A região passa a fornecer 2/3 do café consumido no mundo.
Até então, o europeu tinha por hábito beber cerveja e vinho, água não se bebia devido à poluição dos rios das grandes cidades. Por isto o café provoca mudanças nos hábitos das pessoas, que deixam de ficar bêbadas antes mesmo do meio dia, pois o café, com seu poder energético, deu novo espírito no comportamento da sociedade.
As primeiras casas de café surgiram em Meca, no final do século XV, embora a idéia fosse para serem locais de reuniões religiosas, para reza e meditação, e como é proibido qualquer tipo de consumo de bebida alcoólica ao muçulmano, esses locais se tornaram centro de música, leitura, reuniões de negócios, além de se beber café.
No século XVIII, em várias cidades da Europa são abertos caffés, onde pessoas de todas as classes, como pensadores, filósofos, poetas e pessoas do povo, se encontravam, e muitas vezes provocando debates calorosos sobre os rumos que se tomava a França pré-revolução. Os caffés foram considerados um dos responsáveis pelo movimento intelectual Francês, o século das luzes, das idéias, do pensamento, do Iluminismo. Em Paris, o “La Coupolle” ficou famoso por ser de preferência de Voltaire.
A Entrada do Café no Brasil Em 1727, o café chega ao Brasil, trazido pelo Sargento-mor Francisco Mello Palheta, que foi a Guiana Francesa com a missão imposta pelo governador do Maranhão e Grão Pará, João da Maia da Gama, de trazer mudas de café. O Sargento-mor Palheta, as consegue da esposa do governador da Guiana, que o presenteia com algumas mudas e sementes, e entra clandestinamente através do Belém do Pará.
Aqui o café se adapta muito bem devido ao clima. No início a produção era apenas para o consumo local. Começa no Maranhão, vai para a Bahia e depois chega ao estado do Rio de Janeiro. O café foi trazido para o estado do Rio, pelo desembargador João Alberto de Andrade, Conde de Bobadella e iniciado o cultivo no Vale do Paraíba Fluminense, entre 1760 e 1762.

Sertões do Macacu celeiro do café no império
Cantagalo e o Mão de Luva a ilusão do ouro
Na década de 1760, a coroa portuguesa manda fazer uma carta geográfica dos Sertões do Leste, o que havia acima das montanhas da serra do mar, região proibida de possuir qualquer estrutura, para dificultar a construção de moradias e facilitar a passagem de possíveis contrabandistas do ouro de Minas Gerais em direção ao litoral, de onde poderiam ser embarcado para fora do país. E o que é hoje a região centro norte fluminense estava nesta área preservada pela coroa. Nesta expedição encontraram apenas índios das tribos coroados e remanescentes dos Goytacazes.
Em 1784, têm-se notícias na corte, de que estavam garimpando ouro na região dos Sertões do Macacu, sem pagar a quinta parte de imposto à coroa. Na primeira expedição feita em 1784 nada é encontrado. Já na segunda expedição, em 1786, o grupo de Manoel Henrique, o Mão de Luva, é encontrado depois que o canto de um galo delata o local do acampamento do grupo.
Manoel Henrique, o Mão de Luva, era um garimpeiro de Minas Gerais, que estaria com mulher, filhos e irmãos, além de seu grupo de garimpeiros e escravos. Nada tendo haver com o lendário duque de Santo Tirso, que em Portugal teria se apaixonado pela futura rainha Maria I, e ao ser deportado para o Brasil, por este amor proibido, protegeu a mão com uma luva o um último beijo da amada. A versão mais aceita é a de que ele usava um tipo de prótese de madeira encoberta por uma luva, substituindo a mão perdida em alguma briga.
O Sargento-mor Pedro Afonso Galvão de São Martinho foi quem usou primeiro o termo Canta Galo, no documento oficial da expedição: “Córrego do Canta Gallo do Descoberto do Macacu”, que definiu o nome da futura cidade. Depois receberia o nome de “Novas Minas dos Sertões de Macacu”.
Em 1786, chega ao Córrego do Canta Gallo do Descoberto do Macacu, o desembargador Manoel Pinto da Cunha e Souza, como autoridade máxima e a responsabilidade de criar a sede administrativa do novo garimpo e distribuir as datas auríferas aos garimpeiros interessados, mas a quem tivesse ao menos 12 escravos. As primeiras edificações foram feitas no mesmo local que servia de acampamento ao grupo de Manoel Henrique. Foram feitas prospecções nos córregos da Lavra Velha, atual córrego da Lavrinhas e o do Canta Gallo, atual córrego São Pedro no sentido de descobrir ouro.
Até 1799, quando Manoel Pinto da Cunha e Souza morreu, nada de significativo havia sido encontrado em ouro. Mas a riqueza maior estava por vir: o café.

O cultivo do café a realidade
O sonho do ouro havia acabado, mas a abertura da região atraiu famílias vindas de Minas Gerais, de Santo Antonio de Sá (que ia da Baía de Guanabara até as divisas com Minas, hoje só restam às ruínas de um mosteiro como referência da cidade, onde é Itaboraí) e dos Açores.
Cantagalo estava surgindo, mas ainda em uma região de vida selvagem.
Em 1804, chega a Cantagalo vindo de Peti do Alferes com toda a família, o lavrador açoriano João Machado Botelho, aos 43 anos, e a economia de 20 de trabalho na lavoura. Em 1809 Machado Botelho funda a Fazenda Monte Alegre, que hoje é conhecida como Fazenda da Torre, e de propriedade da família de Fernando Martins Coelho (falecido no último dia 27 de novembro), em uma sesmaria de meia légua quadrada, concedida pelo príncipe regente D. João. A fazenda fazia divisa com a parte sul da fazenda das Lavrinhas e deve ter sido uma das primeiras fazendas na região a cultivar o café. Na mesma época adquire a sesmaria da Pena.
É nesta época que o cultivo do café começa a tomar força na região, muitas terras foram desmatadas para o cultivo. Fortunas começaram a ser feitas.
O café floresce tornando um dos principais produtos de exportação do Brasil. Neste período o Haiti e São Domingos passam por problemas políticos e Java é atacada por uma peste em seus cafezais, o que faz com que o café brasileiro tome espaço destes mercados exportadores.
Fazendeiros que investiram na cultura do grão ficam ricos da noite para o dia, mesmo havendo grandes perdas na produção por falta de conhecimentos técnicos quanto ao plantio, colheita e armazenamento.
Em nove de março de 1814, Cantagalo recebe o título de Vila de São Pedro de Cantagalo, se emancipando de Santo Antonio de Sá, em função da cultura do café. A vila nasceu grande fazendo divisa com Cachoeiras de Macacu e Campos.
Em 1820, perde uma parte de seu território para a criação de Nova Friburgo, que receberia imigrantes suíços. Muitos destes imigrantes acabaram se espalhando pelas fazendas de café da região de Cantagalo, fazendo com que novas lavouras de café surgissem.
Em 1826, as exportações brasileiras representavam mais de 20% do mercado mundial. Logo depois em 1830, se torna o maior exportador fornecendo 40% do café consumido no mundo. Desde então o Brasil é o maior mercado produtor e exportador do mundo e hoje o segundo mercado consumidor, só perdendo para os Estados Unidos.
Em 2 de outubro de 1857, Cantagalo se torna sede de município em razão da sua influência política e da riqueza do café

Antonio Clemente Pinto o Barão de Nova Friburgo
Aos 25 anos chega ao Brasil em 1820, o português Antonio Clemente Pinto. Por ter ajudado o Barão de Ubá, João Rodrigues Pereira, em determinada ocasião, passa a ter este como padrinho e se torna um dos maiores comerciantes da colônia se destacando no comércio de escravos (até 1850 esta era uma atividade normal). Este barão também viria a ajudar Irineu Evangelista de Souza, o futuro Barão de Mauá, quando criança, que construiria a primeira ferrovia no Brasil.
Em 1829 Antonio Clemente Pinto, recebe a concessão de terras em Cantagalo, por influência do Barão de Ubá, para a exploração de garimpo. Mas o ouro não era mais a realidade, ou nunca fora. Daí passa a se dedicar a cultura do café.
Antonio Clemente Pinto se torna um dos maiores produtores de café do Brasil. Suas fazendas, que adquiriu em base de sesmarias e outras compradas com o tempo, produziam café para exportação, em um período que o Brasil se tornava o maior produtor de café do mundo e Cantagalo o maior produtor do Brasil.
O Barão tinha por habito contratar estrangeiros, que vieram para a colonização de Nova Friburgo, para administrar suas fazendas, transformando-os depois em sócios. Geralmente àqueles que possuíam conhecimentos técnicos e impunham os costumes e as disciplinas de seus países de origens.
Um de seus sócios foi Jacobus Gijsbertus Paulus van Erven, que administrou muitas de suas fazendas, entre elas a fazenda Santa Clara, ao qual se tornou dono depois. Hoje a fazenda pertence à Unit/Santa Clara, de propriedade da cordeirense Marlene Salgado Oliveira. Van Erven empregou métodos inovadores no cultivo do café, que até então era feita de forma primitiva sem conhecimento técnico aumentando ainda mais a produção por safra. Cada fazenda do barão possuía um manual com instruções diversas sobre a administração da fazenda e métodos a serem seguidos.
Antonio Clemente possuía mais de 20 fazendas, todas produtoras de café para exportação e pequena cultura de subsistência de arroz, feijão, milho e cana de açúcar, e gado de leite e de corte. Escravos o barão possuiu mais de 2.000 em suas fazendas, em uma época que era comum o uso da mão de obra escrava e que foi a base de sua fortuna como mercador de escravos.

O início da Estrada de Ferro Cantagalo
Um dos investimentos de Antonio Clemente foi a via férrea, para ligar suas fazendas de Cantagalo com Porto das Caixas de onde o café era embarcado para o caís do Rio de Janeiro. O escoamento da produção cafeeira era feito através de lombos de burros, que desciam a Serra do Mar em trilhas nas matas ainda virgens, e os animais tinham o seu valor muito alto. Assim como os escravos, que após a proibição do comércio negreiro, em 1850, e uma epidemia de cólera que dizimou boa parte da sua população, fez com que o custo desta mão-de-obra também encarecesse.
Em 1854, por sua influência e fortuna, recebe o título de Barão de Nova Friburgo, das mãos do Imperador Pedro II, que um mês depois daria o título de Barão de Mauá a Irineu Evangelista de Souza, no dia que este inaugurava o primeiro trecho de 14 quilômetros da linha férrea brasileira, ligando o porto de Mauá a estação de Fragoso, na raiz da serra da Estrela, em Petrópolis.
Pode ser que o contato entre os barões, ambos foram apadrinhados pelo Barão de Ubá, e esta iniciativa de Irineu, tenha inspirado Antonio Clemente a construir a linha férrea ligando suas fazendas em Cantagalo com o Porto das Caixas.
No dia 22 de abril de 1860 é inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Cantagalo, entre o Porto das Caixas à Raiz da Serra de Friburgo. No primeiro ano são transportados 13 mil passageiros.
Em 1867 já havia um “tramway” ligando as fazendas do Gavião, Boa Sorte e Laranjeiras.
O Barão de Nova Friburgo também investiu nas construções de palacetes pelo estado do Rio. Em Cantagalo ele construiu em 1860 o Palacete do Gavião e em 1866 na cidade do Rio de Janeiro o Palácio de Nova Friburgo, que hoje é o Palácio do Catete. Além do Palacete de São Clemente, em Nova Friburgo, e onde hoje é a Casa da Cultura no centro da cidade, local que lhe servia de moradia..
Casado com sua prima Laura Clementina da Silva Pinto, teve como filhos Antonio Clemente Pinto Filho e Bernardo Clemente Pinto Sobrinho, respectivamente 1° Barão, Visconde e Conde de São Clemente e 2° Barão, Visconde e Conde de Nova Friburgo.
Em quatro de outubro de 1869 o Barão de Nova Friburgo morre e deixa o desejo de ser enterrado em cova rasa, envolvido em qualquer pano preto e em caixão barato. De forma simples foi enterrado um dos homens mais ricos da época do império brasileiro, talvez uma forma de ajuste de contas com ele mesmo, em função de ter enriquecido, em partes, com o comércio de escravos.
Com sua morte seu segundo filho Bernardo Clemente Pinto Sobrinho que assume a frente da construção da estrada de ferro. Em 1873 é inaugurado o segundo trecho da ferrovia, ligando Cachoeiras de Macacu a Nova Friburgo. E em 18 de setembro de 1876 o terceiro trecho, entre Friburgo e Macuco, assim como o tronco que ligava Cordeiro a Cantagalo foi inaugurado.

Cordeiro nasceu das sementes do café dos trilhos do trem e do trabalho
O cultivo do café na região e a necessidade da construção da via férrea fez surgir Cordeiro. E o surgimento da cidade tem haver com a Fazenda Monte Alegre, a da Torre, quando o açoriano João Machado Botelho chegou à região, em 1804, e com a posse de uma sesmaria monta a Monte Alegre, em 1809. Já casado com Catarina do Rosário Cunha e com quase todos os filhos, teve 10, se estabelece em Cantagalo.
Do casamento de seu filho mais velho, Tenente Antonio Machado Botelho com Margarida Inácia Joaquina, nasceu Maria Izabel dos Anjos, a segunda de seis filhos, que casou com João dos Santos Cordeiro, em 1835. Este foi o primeiro professor público de Cantagalo e no pedaço de terra, podendo ser de dote, que receberam da família fundaram a fazenda Nossa Senhora da Piedade. Em sua fazenda cultivavam, além do café, cana de açúcar para a fabricação de rapadura e aguardente. A fazenda N. S. da Piedade servia de parada aos viajantes, mascates e todo tipo de pessoas que passavam pelo lugar, uma vez que estava em ponto estratégico de bifurcação, de onde poderiam ir em sentido a Cantagalo ou para Madalena.
Com o início da construção da estrada de ferro de Cantagalo, em 1860, para o escoamento da produção de café das fazendas do Barão de Nova Friburgo, como de todas as outras fazendas da região, o que era apenas um lugar de passagens e paradas, pode iniciar um movimento que criaria a cidade de Cordeiro.
Na década seguinte, 1870, quando iniciou a construção do trecho ligando Nova Friburgo a Macuco, João dos Santos Cordeiro doou pedaços de terras para o assentamento dos trilhos, assim como para a construção da estação ferroviária que serviria de tronco ligando Cantagalo e as fazendas do Barão.
Quando o trecho foi concluído em 18 de setembro de 1876, começou um movimento maior provocando a colonização do local e atraindo lavradores, mascates e profissionais manufatureiros de várias áreas. Aos poucos o lugarejo foi tomando forma com terras sendo doadas ou vendidas para serem construídas casas e comércios.
Assim nasceu Cordeiro, do cultivo do café e dos trilhos da estrada de ferro, um homem visionário possibilitou a chegada do progresso sem se prender as posses, mas sim ao futuro de uma cidade.

O café faz bem a saúde
Fonte: Globo Repórter
Repórter Alberto Gaspar

Está provado por estudos feitos pelo mundo que o café não é um vilão à saúde como se afirmava até a pouco tempo. Vários órgãos de saúde estão pesquisando a ação no organismo humano e fazendo descobertas positivas.
Coração
A Universidade de são Paulo, através do Instituto do Coração, o Incor, criou a unidade especial de café e coração, para analisar a ação do café no organismo. Um grupo de voluntários, formado por pessoas com e sem problemas no coração, foi acompanhado por médicos em determinado período e tiveram que se abster de qualquer tipo de produto com cafeína: café, refrigerante, chá foram proibidos. Depois, por outro período, passaram a tomar quatro xícaras de café por dia.
Após analisarem os testes específicos, chegou-se a conclusão de que café não aumenta a pressão arterial, mesmo para aqueles com problemas. O aumento apresentado é insignificante.
Os níveis de colesterol também diminuíram pelo fato do café ser coado e a gordura filtrada. Até mesmo a diabetes é prevenida ou seus efeitos retardados.
O efeito do café no cérebro
O Centro de Neurociência do rio de Janeiro está analisando a ação do café no cérebro pelo aroma. O café é mais rico em aromas do que o vinho e o perfume. Mais de 200 componentes são liberado no ar e notado pelo olfato. Pesquisas com voluntários, através de mapeamento por ressonância magnética, que foram anestesiados com o aroma do café enquanto eram examinados, constatou que a primeira área a ser afetada á a da percepção olfativa. A outra é a área do prazer ou da recompensa, que é rica em dopamina, que tem como função a atividade estimulante do sistema nervoso central. Esta é a mesma região do sexo e da música.
Minerais do café
O café tem mais minerais do que a água mineral. Ele é rico em ferro (contra anemia), zinco (dá energia e atividade do sistema imunológico), cálcio e potássio (contra a fraqueza muscular).
Café nas escolas
Comparando dois estudantes, um que bebe café com leite e outro que não bebe, ficou provado que aquele que bebe se tornou mais ativo e atento na aula, tem mais concentração e aprende mais fácil.
Em função disto escolas do ensino fundamental estão servindo café com leite na merenda escolar. Este projeto deve alcançar um milhão de crianças e jovens em todo o Brasil.
O café é saudável a quem é saudável. Quem tem problemas gástricos, de fluxo, pânico. Ansiedade, Insônia, com tendências a hipertensão, disritmia não devem abusar do consumo. O ideal é até quatro xícaras de café por dia e para as crianças três xícaras de café com leite.
O café em dose certa é remédio. Como tudo é a dose que separa o remédio do veneno.

Comentários

Unknown disse…
Olá José, vendo o seu blog não pude resistir em te pedir uma informação. A minha família, que veio da Ilha da Madeira, Portugal, se instalou aí em 1886. Nesta vila, morreu dois trisavós (Francisco Gomes Barbio/Brabio e Antônio Rodrigues Arrayol), se casou (1890) o meu bisavô (Manoel Gomes Barbio com Maria de Jesus Rodrigues Arrayol) e onde nasceu o meu avô (Joaquim). E na segunda metade dos anos 1910 eles partiram para Bom Jesus do Itabapoana. Pelas certidões de nascimento deles, vi que todos moravam na fazenda do Ribeirão Dourado. Tentei localizar esta fazenda, mas sem sucesso. Você teria alguma foto ou dados para eu localiza-la? grato. Marcelo Barbio Rosa (marcelo.barbio@cptec.inpe.br)
Leila Ferro disse…
Foi muito bom poder ler e conhecer um pouquinho sobre a origem de sua cidade. Uma escrita peculiar,bem elaborada e detalhista. Gostei,viu !?


ps.eu amo café.Quel tal um cafezinho agora ...rsrs
Abraços de Leila (Atiara)
Anônimo disse…
Olá,
Procure no facebook por João Antônio Ponso Cruz de Moraes. Ele é filho do proprietário desta fazenda. Espero poder ter ajudado. Abraços, Tadeu Santinho - Cordeiro RJ
Coletivo Parauna disse…
Importantíssimo a micro história.Venho há anos estudando sobre Paraibuna SP lamentamos que o resultado destas pesquisas que nós fazemos não são incluídos na grade curricular dos alunos e estudantes. Os professores, muitas vezes desconhecem todas estas informações. E os Vereadores, porque não se interessam em criar projetos de Lei para tratar de história regional ? Parabéns pela iniciativa. Felicidades.
José Ricardo disse…
Obrigado, Coletivo Parauna!
Neste mês de fevereiro está completando 12 anos que edito um jornal, PONTO DE VISTA, m que foco, principalmente, assuntos ligados às histórias de Cordeiro e da região em torno dela.
O jornal é bancado pela iniciativa privada, principalmente o comércio e profissionais liberais, para não haver vínculo com o poder público. A distribuição é gratuita. Seria uma boa iniciativa para vocês poderem divulgar às histórias que estão pesquisando.
Caso queiram entrar em contato para uma troca de ideia estou a disposição.
Grande abraço ao Coletivo
jornalpontodevista@hotmail.com

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