Descobrindo a Natureza Selvagem dentro de nós

Existem filmes que assistimos e logo o esquecemos. Mas há àqueles que nos fazem ficarmos presos a eles. O filme "Na Natureza Selvagem", de 2007,dirigido e produzido por Sean Penn, conta a história de Christoppher McCandless, interpretado por Emile Hirsch, em sua saga rumo ao Alaska e ao auto conhecimento.
Um jovem que para superar seus traumas familiares, se propõe a viver no mais puro modo de vida junto a natureza, sobrevivendo do que ela oferece. Isto em função da educação repressiva em um mundo de ostentação, poder, violência familiar e de hipocrisias. Chris se rebela na busca do ser primitivo, a essência da vida. Alguns podem não o entender por viverem para o sistema controlador que vivemos hoje. Todos os personagens se transformam em alguma coisa com a sua presença e pensamentos.

Uma frase interessante do personagem sobre o amor: "Algumas pessoas sente-se como se não merecessem amar. Escapando em silêncio em seus espaços vazios, tentando fechar as lacunas do passado".
Outra sobre o sistema que vivemos: "Libertar de uma sociedade doente, por que as pessoas, toda maldita pessoa, é tão ruim para os outros com tanta frequência. Não faz sentido para mim. Julgamento. Controle. Tudo isto, todo o sistema".
Uma critica a todo o sistema imposto e que ninguém contesta por estarem presos a estas regras. O típico filme que nos faz pensar o tipo de razão do poder. Na verdade o poder é ilusão. Citando Henry David Thoreau: "No  lugar do amor, do dinheiro, da fé, da fama e da beleza, me dê a verdade". Verdade que todas as pessoas poderosas têm medo.

Além da possibilidade de reflexão, o filme tem uma excelente interpretação de Emile Hisrch, e a fotografia exuberante de Eric Gautier. As locações foram nos mesmos locais em que Chris percorreu. O filme tem a
fisionomia do diretor Sean Penn. Assistam ao filme no mínimo duas vezes. A primeira na versão dublada para apreciar a narrativa e a fotografia do filme, e também na versão legendada para a compreensão melhor dos
diálogos.A trilha sonora composta por Eddie Vedder, tem todo o clima da história. A letra da música "Society" é um tapa na cara da sociedade materialista que controla as pessoas.



Deve valer a pena ler o livro homônimo, eu ainda não o li, de Jon Krakaver, baseado no diário de Christoppher Johnson McCandless sobre sua viagem ao Alaska. Com certeza os detalhes da narrativa devem enriquecer ainda mais a reflexão a ser feita.

Comentários

Glória Pio disse…
O texto está muito bom, pois além de refletir a mensagem do filme, você consegue traçar uma linha unido a nossa realidade com a problemática da pelícola.

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