EDITORIAL 1 Eleições municipais



Neste ano teremos eleições municipais em todo o Brasil e o voto é o símbolo maior da democracia, que é: “Governo do povo; soberania popular. Regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder”. (Dicionário Aurélio)
   O voto é o instrumento do cidadão, um investimento quanto às melhorias sociais em saúde, em educação, em geração de empregos privados. É uma aposta naquele que vai se dedicar, e se doar, a administrar de forma honesta e honrosa por quatro anos a sua cidade, tendo que se distanciar de objetivos corporativistas e jogatinas com o dinheiro público.
   O eleitor não sabe quais são as verdadeiras intenções daqueles que se apresentam como candidatos, mas tem que procurar ver, também, quem estará ao lado de cada um deles e quais seriam as suas intenções.
Qual dos candidatos estará do lado do povo lutando por melhorias para a comunidade é o que tem que tentar descobrir ao escolher em quem votar. 

   Uma das formas de acabar com a corrupção no Brasil é acabar com o político de “curral”. Assim como o gado, o povo não sabe a força que tem. 
   Recentemente o senador Pedro Simon falou: “Para derrubar a ditadura, avançamos quando a sociedade avançou (diretas já). O mesmo aconteceu no impeachment. Ele só deu certo porque o (presidente) Collor pediu ao povo para ir à rua de verde e amarelo, e o povo foi de preto. Não se espere nada do Congresso, do Legislativo e do Executivo se o povo não estiver à frente”, e nos municípios isto também deve acontecer.
O eleitor que não valoriza, não honra o seu voto, que o vende por muito, ou pouco, é cúmplice de uma má administração. Aqueles que votam em candidatos pensando em algum benefício pessoal futuro, e não comunitário, é um oportunista.
   Desconfie do candidato que estiver disposto a comprar o seu voto, a sua dignidade. Se oferecerem algo em troca de seu voto pegue o que te oferecerem, mas elimine este oportunista daqueles que merecem o seu voto. O oportunista, se eleito, vai tirar dos cofres públicos aquilo que “investiu” ao comprar o voto do povo.
Toda administração recém empossada tem como primeiros críticos àqueles que trabalharam para a sua eleição e não foram atendidos com o emprego prometido logo nos primeiros dias, meses, da nova administração. 

   A falta de oportunidades e a discriminação por ser pobre muitas vezes fazem uma pessoa digna perder a sua dignidade. Assim como a ganância aflora nas pessoas indignas.
   O administrador público que usa do cargo para fazer jogatinas, não investindo em projetos sociais e de saúde, principalmente, deveria ser enquadrado no crime de latrocínio, roubo seguido de morte. A verba pública não investida nestas áreas leva muitas vezes pessoas à morte, direta ou indiretamente.
Doentes estão todos aqueles que lesam o patrimônio público em benefício próprio. O código penal está sofrendo modificações e o enriquecimento ilícito vai virar crime. Vamos esperar esta mudança e o cumprimento da lei.
   O político honesto que quer trabalhar em prol da comunidade deve procurar os problemas para solucioná-los. Quando o administrador vê a crítica e os problemas de forma negativa, mostra não querer assumir a responsabilidade para a qual foi eleito. 

   Prestar atenção nos grupos que estão juntos, ou por trás, de cada candidato é muito importante para discernir o bom do mau. Muitas vezes aquele que não aparece é que vai ditar o modo da administração atuar. E se uma pessoa que apóia um determinado candidato não mostra a sua cara durante a campanha boa intenção ele não deve ter com tal atitude.  
   Governo municipal deve ter a participação da comunidade que sofre as necessidades básicas no dia a dia e sabe, muitas vezes, as soluções para os seus problemas. 
   O povo é essencial na valorização da democracia. É neste momento que o pobre e o rico se equivalem, valorizando cada um o seu voto. Votar no candidato que acredite que estará do lado de toda a comunidade é o dever de todos.
   Quem está na vida pública não pode dar margem a boatos. Além de honestos estes têm que também parecerem honestos.

Publicação da edição de AGOSTO DE 2012

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